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terça-feira, 23 de maio de 2017

Encontro de teias


PROGRAMAÇÃO 6º ENCONTRÃO DA TEIA DE POVOS E COMUNDIADES TRADICIONAIS DO MARANHÃO - 25 a 28 de maio de 2017

TERRITÓRIO ALTO BONITO / BREJO, MA 
TEMA: Não estamos extintos. Estamos de pé, em luta. Esta terra é nossa!

25/05/17
TARDE
. Chegada
. Credenciamento
. Noite: Ritual do Fogo; Convivência

26/05/17
MANHÃ
. Café

. Celebração
. O Território que nos acolhe:
. Quilombo Alto Bonito (Rubens, Carmem, Neves, Edson)
. O Baixo Parnaíba:
      - Soja
      - Eucalipto
      - Parque eólico
      - Parque dos lençóis 
      - Resistências e Insurgências

. Almoço

. Resistências e Insurgências
       1. Educação - Quilombo Nazaré;
       2. Soberania Alimentar - Com. Santo Antônio dos Maranhenses/MCP;
       3. Organização Social e Política – Povo Gamela 

. Fila do Povo

. Jantar

. Noite
  Partilha do Intercâmbio; Tambor de Mina.


27/05/17
MANHÃ
. Celebração: Cantoria pro Divino
. Recordação do dia anterior (resistências e insurgências)
. Levantes dos povos frente à negação e desconstrução de direitos (Osmarino Amâncio);
. Fila do Povo 
. Considerações

. Almoço

. Desafios e Perspectivas na construção do Bem Viver (Joelson – Terra Vista/Teia dos Povos - Bahia
. Encontro das Teias:
       -  Fortalecimento da articulação das teias.
       - Estratégias de enfrentamentos;

. Jantar: 

. Confraternização
. Cantoria - Tambores, Maracás.

28/05/17
. Cantoria e Tambor
. Partilha das Teias
. Fila do Povo
. Encaminhamentos
. Celebração de Envio (trocas de mudas e sementes).


Para a Celebração de abertura: 
- Cada caravana trazer das comunidades: ervas aromáticas, incensos, potes pequenos, cabaças e balde de cuias.
- A caminhada sairá da casa de Rubens – Brejo – morro
- Brejo/açude - Lugar preparado para colocar os potes e alguidar 
- Cruz nos morros
- Preparar um fogueira para acender a noite – essa fogueira ficar permanente - Lucimar
- Preparar o altar na casa embaixo de uma árvore.



Vamos lá meu povo, tá chegando a hora...

Nota da AMB



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Seminário Diálogos Difíceis, Diálogos Possíveis

Seminário organizado pelo I. Eqüit disponível na internet

A proposta deste seminário surgiu, no contexto do Projeto, da necessidade que sentimos de atualizar os debates feministas no Brasil, em particular nos temas econômicos e ambientais. Consideramos que o feminismo tem muito a contribuir na nova etapa política aberta no Brasil com o golpe, que vem mostrando novas formas de ativismo, e mais especialmente, novas maneiras de pensar o mundo. Queremos integrar entre outros temas, o da percepção ecofeminista, que busca contribuir numa perspectiva de superação da dicotomia Natureza/Cultura, e de reconciliação das mulheres com a Natureza. Acreditamos que este olhar pode nos auxiliar a pensar o desenvolvimento com equidade e sustentabilidade ao mesmo tempo, integrando conceitualmente ambos os elementos.  
Por sua vez, os temas da Economia Feminista e da Economia dos Cuidados e a sustentabilidade da vida serão outro motivo de reflexão do seminário. Acreditamos que é essencial pensar na integração dos aspectos econômicos que permeiam toda nossa crítica ao modelo neoliberal, e mais concretamente ao modelo extrativista que está impondo enormes impactos na Amazônia para, ao contrário, podermos colocar como questão central a sustentabilidade da vida. 
A discussão da lógica que o capital de acumulação por espoliação e de financeirização da natureza através da privatização dos bens comuns segue, foram mais um elemento da analise.

Assista cada mesa e convidada:

MESA 1

 

MESA 3















MESA 5:














MESA 6:
 

 



MESA 7:
 

 


MESA 8:
 

 

 

  

sábado, 20 de maio de 2017

Quem se comunica... quebra coco!

Quebradeiras ensinam aos jovens sobre a importância da comunicação para os movimentos sociais 


O projeto Mulheres Quebradeiras de Coco em Defesa do Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais organizou uma oficina de comunicação com jovens de Imperatriz, Tocantins e Pará. 
Cerca de 50 jovens, filhos e filhas de quebradeiras de coco receberam a capacitação entre os dias 20 e 21 de maio em São Domingos do Araguaia, PA. 

O MIQCB conta com o apoio da União Europeia e demais parceiros.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

“Não estamos extintos. Estamos de pé, em luta: esta terra é nossa!”

TEIA DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS DO MARANHÃO CONVIDA

 
A Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão 
é uma articulação entre indígenas, quilombolas, pescadores 
artesanais, ribeirinhos, quebradeiras de coco, sertanejos e 
gerazeiros em busca do Bem Viver para todos.

 
CONVITE

O tempo da gestação 
A aliança entre os Povos e Comunidades Tradicionais tem raízes profundas. Somos filhos e filhas da terra.  Ao longo dos séculos resistimos ao escondimento imposto pelo invasor, guardamos em nossas cabaças sementes de esperança e, de mãos dadas, insurgimos na construção do Bem Viver.

Em 2013, em Mangabeira, Santa Helena, compreendemos que uma vara sozinha se quebra fácil, mas se juntar um feixe, ninguém pode romper
Em 2014, no Taim, São Luis, ao redor do poço da memória, fizemos a descolonização do saber, do ser e do sentir, e assumimos o Bem Viver como horizonte possível. 
Em 2015, no Território do Povo Gamela, em Viana, MA, na simbologia da Mandala, compreendemos que cada um de nós é um ponto que se liga a tudo que vive!: afirmamos o sonho do Território Livre. 
Ainda em 2015, no Território Quilombola Santa Maria dos Moreira, Bom Jesus, município de Codó, MA, nos encontramos para reafirmar, a partir das experiências de nossas vivências, a urgência em aprofundar a autonomia do nosso próprio processo de organização, gestão e produção. 
Em 2016, entre os rios Balsas e Parnaíba, no território da comunidade sertaneja de Forquilha, Benedito Leite - MA, denunciamos as ameaças e agressões aos nossos territórios de vida, causadas pelo modelo de desenvolvimento baseado nos projetos do capital... nossas vidas não cabem em seus mapas.  
No mesmo ano, fomos acolhidos e acolhidas pela comunidade de quebradeiras de coco babaçu do Centro dos Pretinhos, Dom Pedro – MA. Sentimos a força e resistência de mulheres guerreiras para se religarem a seu território, atualmente cercado por latifundiários. Também nos alegramos em saber que em outros lugares do mundo, povos e comunidades se insurgem pelo direito a sua autodeterminação. 

Agora estamos a caminho da comunidade quilombola Alto Bonito, Brejo – MA, região do Baixo Parnaíba. Terra de resistências e insurgências dos povos e comunidades tradicionais contra o agronegócio da soja, cana-de-açúcar, eucalipto; contra os projetos de geração de energia à custa da destruição de modos de vida; contra projetos governamentais. Nesse Encontrão reafirmaremos aos que nos querem inviabilizar que existimos, estamos de pé e em luta. Esta terra é nossa!  

Venha participar conosco deste VI Encontrão, traga muita alegria, seu maracá, tambor, saia de coureira, bandeiras, rede, corda, prato, colher, copo, cuia, cabaça e a contribuição de sua comunidade para a alimentação.

Articuladoras e articuladores da Teia

terça-feira, 2 de maio de 2017

 

Nota da AMB em apoio ao povo gamela: mexeu com um, mexeu com todas!

Nós, mulheres feministas da Articulação de Mulheres Brasileiras, uma  organização antipatriarcal, anticapitalista e antirracista, manifestamos toda solidariedade à luta do povo Gamela, ao mesmo tempo em que repudiamos a brutalidade do ataque de 30 de abril perpetrado por pistoleiros, a serviço do latifúndio grileiro, que  covardemente atacaram os indígenas sem que estes pudessem confrontar seus algozes ou deles defender-se. Igualmente, denunciamos a omissão do Estado brasileiro que não respondeu às denúncias de risco de massacre previamente apresentadas pelo povo Gamela.
Desde a ocupação e colonização do Brasil, os povos originários são alvo dos algozes da Coroa, e depois, da nossa própria República. Violados e usurpados: pelo Estado, pela religião, pelo latifúndio, por grileiros, pelo agronegócio, grandes empresas... 
Denunciamos o racismo e o capitalismo, pois ambos têm-se alimentado do sangue, da vida dos povos originários, destruindo seus modos de vida, se apropriando das riquezas naturais dos territórios indígenas, queimando indígenas em praça pública, matando crianças, reprimindo violentamente as manifestações pacificadas dos povos!
O povo Gamela tem encampado a luta pela retomada de seu território na região da Baixada Maranhense, território expropriado pelos colonizadores e grilado pelo latifúndio  - apoiados por grupos políticos e setores conservadores da igreja evangélica. Essa ação criminosa deu-se em represália a esse ato legitimo do povo Gamela de retomar parte de seu território, região utilizada pelas famílias para se alimentar, onde os açaizais estão agora com cerca elétrica.
O ataque dos pistoleiros deixou três indígenas gravemente feridos, com tiros na cabeça e peito e cortes pelo corpo, pulsos cortados na evidente intenção de decepar mãos e pés e de matá-los, além de vários espancados (as), mulheres, crianças, anciões. 
 
Solidarizamos na dor do povo Gamela
Toda repulsa ao genocídio indígena!
Somos todas povo Gamela
Justiça já!
#Nãomexamcompovosindigenaselesnãoandamsó.