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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Antonia Melo, presente!












A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Congresso Nacional organizou no último dia 6, a pedido do Dep. Nilto Tatto (PT/SP), o Seminário HIDRELÉTRICAS NA AMAZÔNIA, CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E CAMINHOS ALTERNATIVOS.
Participaram do encontro representantes do poder público, especialistas de diversas áreas, e representantes da sociedade civil.
Entre aspectos ambientais, sociais e de gestão, discutiu-se a questão a partir de diferentes perspectivas, abordando temas como a responsabilidade socioambiental de agentes financeiros, as hidrelétricas na Amazônia e o planejamento da política energética nacional.
Antonia Melo, representante do Movimento Xingu Vivo Para Sempre e participante do Projeto Mulheres no Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, participou da reunião, levando à Câmara a voz das comunidades ribeirinhas, pescadores, trabalhadoras e trabalhadores rurais, indígenas, moradores de Altamira, atingidos por barragens e movimentos de mulheres, que se opõem ao atual, perverso e insustentável modelo de desenvolvimento na Amazônia.

Para assistir algumas das falas, incluindo a de Antonia Melo, acesse a lista de vídeos do Seminário em:

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Participe, e uma outra economia acontece


No intuito de debater, esclarecer e capacitar as trabalhadoras acerca do que é a Economia Solidária e os caminhos mais justos que ela permite, o Centro de Formação de Economia Solidária - CFES -, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - STTR, e o Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Boa Vista do Ramos - MMTBVR - estará realizando oficinas nos dias 6 e 7 de dezembro sobre o tema.
As atividades serão no auditório do Sindicato Rural.
Quem nos informa é Vera Battay, participante de nosso Projeto, e uma das organizadoras do Encontro, destaca o aspecto transformador do sistema em questão: "a Economia Solidária é desafiadora pois propõe romper com a lógica atualmente instalada na sociedade, mostrando a necessidade da sensibilização e formação continuadas".







quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Babaçu Livre em pauta no Senado

Quebradeiras e MIQCB participam de Audiência pública no Senado para debater o tema


O babaçu é fonte de renda para mais de 300 mil mulheres e suas famílias. É ainda um modo tradicional de vida, que promove o desenvolvimento sustentável e constrói uma cultura própria das quebradeiras a partir da relação com o coco e a palmeira do babaçu.
A expansão da pecuária e de monoculturas, sobretudo da soja e da cana-de-açúcar na região dos babaçuais ameaça o trabalho e modos de vida tradicionais das quebradeiras de coco do Brasil há décadas. 
Hoje, o Movimento de Quebradeiras de Coco Babaçu está participando de uma Audiência pública no Senado Federal em Brasilia para pedir a criação de uma lei que garanta o livre acesso a essas palmeiras, mesmo quando dentro de propriedades privadas, além de impor restrições à derrubada da planta.
Embora as quebradeiras entrem nas fazendas exclusivamente para recolher os cocos caídos e deixados para trás pelos donos das propriedades, não havendo nenhuma intensão de ocupar os territórios, atualmente, elas passam por grandes conflitos com os grandes proprietários de terras, que apesar de não se utilizarem dos cocos, e não serem prejudicados em nada pelo trabalho dessas mulheres, insistem em proibir e ameaçar as mulheres que adentrarem territórios demarcados e socialmente como privados.
A tentativa de marginaliza-las ainda mais, colocando-as como invasoras de propriedades privadas, quando a verdadeira invasão é a indevida apropriação privada das terras, ou simplesmente do planeta terra, é parte de um projeto civilizatório nacional e global baseado em uma hierarquia dos conhecimentos, onde toda cultura indígena, negra, das mulheres, do campo e das minorias é desvalorizada em prol da cultura hegemônico-patriarcal estabelecida (uma cultura da degradação, da exploração e da disputa).
Mas nós sabemos que o trabalho e os saberes dessas guerreiras vale mais que ouro; vale a perpetuação da cooperação entre seres humanos e natureza. A cada coco habilidosamente quebrado, cada quebradeiras faz florescer a preservação e o respeito que verdadeiramente devem existir entre os seres e em cada ação.
Nossas companheiras de Projeto, Francisca, de Codó, Maranhão e Cledeneusa, de São Domingos do Araguaia, Pará participam da Audiência e nos mandam informações.