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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SEMANA DE AÇÃO: FORA OMC – ATIVIDADES FEMINISTAS

Chamado global às mulheres, trans, travestis, lésbicas, imigrantes, deslocadas, refugiadas, afrodescendentes e indígenas

Juntas para enfrentar a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Buenos Aires, dezembro de 2017



A XI Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) será realizada na cidade de Buenos Aires – Argentina de 10 a 13 de dezembro de 2017. Ali serão acordadas medidas para aprofundar a agenda do “livre comércio”. A OMC representa os interesses das grandes corporações transnacionais, não os direitos ou as necessidades dos povos. Em nossa região, passamos por vinte anos de acordos comerciais de “livre comércio” (TLCs) com efeitos nefastos de desregulamentação e promoção de privilégios corporativos sobre nossos povos e nossos territórios. Esses acordos promovem a concorrência com impactos no mercado de trabalho, pois significam flexibilidade laboral e ameaça para as PME, com consequências no aumento do desemprego e da pre- cariedade que afetam principalmente aqueles com inserções mais frágeis: mulheres e jovens. Além disso, o fortalecimento da economia de mercado compete com o desenvolvimento de uma economia do cuidado das pessoas. A raiz das desvantagens das mulheres no mercado de trabalho é a fragilidade e até a ausência dos mecanismos de co-responsabilidade social dos cuidados, que recaem desproporcionalmente sobre nós. As políticas neoliberais são cegas a esses desequilíbrios que a “mão invisível do mercado” reforça.
Entre as questões negociadas na agenda da OMC em dezembro estão às relacionadas à agricultura, serviços, propriedade intelectual, compras governamentais, entre outras, além da novidade do comércio eletrônico ou dos dados digitais. Diante desta agenda, nos perguntamos quais serão as con- sequências nas vidas das mulheres, trans, travestis, lésbicas, imigrantes, deslocadas, refugiadas, afrodescendentes, indígenas e trabalhadoras da economia popular. O movimento feminista latino-americano tem mantido uma visão crítica do sistema social e econômico hegemônico denunciando desigualdades, injustiças e exploração. É necessário recuperar essa visão e as experiências e práticas das mulheres para nos juntarmos aos outros movimentos sociais no marco desta nova ofensiva dos tratados de comércio e investimento encorajados pela reunião da OMC em nossa região.
Lembremos o ano de 2005, quando muitas gritaram “NÃO à ALCA! Fora Bush!” no Encontro Nacional de Mulheres em Mar del Plata, antes da Cúpula dos Povos.Agora é necessário redobrar esforços para alimentar esse novo ciclo de luta que continuará no próximo ano, à medida que os acordos de dezembro de 2017 se aprofundarão na Cúpula do G20, na Argentina, em novembro de 2018, sob a presidência de Macri. A luta contra a OMC é global e nela poderemos reconstruir toda uma história de mobilizações e articulações de organizações e redes sociais, sindicais, de direitos humanos, de mulheres, LGBTI, territoriais, estudantis, políticas, de camponeses e antiextrativistas.
Da mesma forma em que nos pensamos e articulamos nos debates com inúmeras organizações locais, regionais e globais, estaremos construindo a Cúpula dos Povos, que será realizada na semana de ação em dezembro. Essa Cúpula é um apelo à resistência contra o “livre comércio” que apenas gera políticas de exploração e saqueio de nossos povos e nossos territórios.

Nesse contexto, chamamos a liderar uma Grande Assembleia de Mulheres, trans travestis, lésbicas, imigrantes, deslocadas, refugiadas, afrodes-cendentes e indígenas no 12 de dezembro onde posamos sentir e pensar estratégias para enfrentar a agenda da liberalização do comércio. A luta contra a OMC não só deve ser global, mas também feminista. Porque no debate sobre alternativas populares, as contribuições do ecofeminismo, do feminismo comunitário e da economia feminista e o “viver bem” são fundamentais para o avanço de projetos que construam entre nossos povos e pessoas, novas formas de solidariedade, relações anti-patriarcais e antirracistas.
Como feministas, enfrentamos a OMC, a liberalização do comércio, a violência econômica e ao neoliberalismo e exigimos justiça de gênero, econômica e ecológica!

A luta é global e feminista!

Mulheres, trans, travestis, lésbicas, imigrantes, deslocadas, refugiadas, afrodescendentes e indígenas, juntas contra a OMC!

SEMANA DE AÇÃO – FORA OMC: PROGRAMAÇÃO COMPLETA


































Buenos Aires, Argentina     

 
A OMC – Organização Mundial do Comércio – se reúne de 10 a 13 de dezembro para sua décima primeira Reunião Ministerial. Em resposta, centenas de Organizações sociais de todo o mundo de articulam para fazer frente a mais um pacote de injustas e perversas regras econômicas, e discutir as propostas de um outro mundo possível.

Confira a programação completa aqui


Abaixo os tratados de livre comércio que oprimem o povo!
Exigimos acordos solidários para o comércio entre os povos!
Em 2017, realizemos um novo Seattle em Buenos Aires!
A luta é global!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

XII Romaria da Floresta: o caminho da preservaçao


Há 12 anos acontece em Anapu, Pará, a Romaria da Floresta, que mantém viva a força da missionária e militante Dorothy Stang, que dedicou sua vida à reforma agrária, a projetos de reflorestamento e de geração de emprego e renda para a população pobre local.
Irmã Dorothy foi assassinada aos 73 anos em Anapu, região em que o número de mortes decorrentes da disputas por terras é cada vez maior.
Sua morte se tornou um símbolo da luta por uma vida mais digna, sustentável e sem violência.


A Romaria perpetua a força de Dorothy
Somos todas irmãs

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Movimento de Mulheres do campo e da cidade (MMCC) participou de reunião na comunidade Nova Fronteira, que tratou do alinhamento e demandas para crescimento e desenvolvimento das e dos agricultores e famílias.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Assine a declaração da Aliança do Tratado

CHAMAMOS OS ESTADOS A PARTICIPAR ATIVAMENTE NAS PRÓXIMAS NEGOCIAÇÕES DO TRATADO INTERNACIONAL PARA ASSEGURAR A PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DAS ATIVIDADES DAS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS E OUTRAS EMPRESAS COMERCIAIS 

Damos as boas vinda aos resultados das duas sessões bem-sucedidas (2015 e 2016) do Grupo de Trabalho Intergovernamental das Nações Unidas (GTI) sobre as empresas transnacionais e outras empresas em matéria de direitos humanos que exploraram questões sobre a natureza, o escopo e os elementos que poderiam ser incluídos num "Instrumento juridicamente vinculante sobre as empresas transnacionais e outras empresas comerciais no que diz respeito aos direitos humanos". O GTI realizará sua próxima sessão em 23 e 27 de outubro de 2017, para começar a negociar o conteúdo e o escopo do novo instrumento. 
Globalmente, as corporações estão envolvidas em operações que resultam em poluição e degradação ambiental, na apropriação de terras, no uso de mão-de-obra escrava, em ameaças ao acesso a medicamentos e serviços de saúde pública, no desrespeito às normas trabalhistas e em casos de violência contra povos e defensores de direitos humanos, entre outros. Por esses abusos, as corporações devem ser responsabilizadas. Atualmente, há uma série de lacunas regulatórias, algumas se devem ao fato das corporações operarem internacionalmente, enquanto as leis que as regulam têm um caráter nacional. Neste contexto de impunidade, as corporações empresariais capturam mais facilmente instituições internacionais assim como as nacionais. Os acordos de comércio e investimento firmados pelos Estados garantem às empresas amplos direitos, privilégios e lucro, mas não há regulamentação internacional correspondente para que os Estados garantam que as operações das empresas sejam conduzidas sem incorrer em abusos de direitos humanos e ambientais. A introdução e regulamentação de responsabilidades legal para as empresas a nível nacional e internacional é necessária para que os Estados finalmente comecem a cumprir as suas obrigações de proteger os direitos humanos e o ambiente contra as atividades prejudiciais das empresas transnacionais e outras empresas. 
Acreditamos que o rico debate que tem ocorrido no GTI até agora demonstrou a necessidade de um instrumento internacional juridicamente vinculante para (1) aumentar a proteção dos indivíduos e comunidades afetados contra as violações relacionadas com o funcionamento das empresas transnacionais e outras empresas, e (2) dar-lhes acesso a meios eficazes de reparação, em especial através de mecanismos judiciais. As sessões incluíram intercâmbios e debates entre representantes de comunidades afetadas, especialistas, juristas, ativistas e parlamentares de diferentes regiões e setores, com representantes dos Estados. As sessões contribuíram para a identificação de um terreno comum para avançar na elaboração do tratado, com base na obrigação primordial dos Estados de protegerem os direitos humanos, inclusive extraterritorialmente. 
A mobilização de movimentos e organizações nacionais e internacionais da sociedade civil cresceu significativamente. A sua constante e construtiva incidência a nível nacional e a sua presença nas deliberações das Nações Unidas têm sido fundamentais para apoiar o processo e mostrar a importância do futuro tratado para as lutas pela justiça social e pelos direitos humanos no mundo. 
O novo instrumento juridicamente vinculante deverá ser um passo em frente na promoção e proteção dos direitos humanos, com base em esforços anteriores e estabelecendo um quadro complementar aos instrumentos internacionais de direitos humanos existentes. Um conjunto de obrigações vinculantes e mecanismos de implementação é o próximo passo necessário e lógico no processo iniciado há várias décadas. O tratado deve estipular a primazia da lei de direitos humanos sobre os direitos e privilégios corporativos que estão consagrados no quadro tendencioso e injusto criado nos acordos de comércio e investimento. Deve também estabelecer um forte arcabouço internacional para a responsabilização legal das empresas, a fim de garantir o acesso à justiça para as pessoas e comunidades afetadas e, assim, pôr fim à impunidade das empresas. A cooperação internacional entre os Estados deve ser fortalecida para enfrentar esses desafios globais regulatórios. 
Para ser bem sucedida, a terceira sessão do GTI deve encorajar: (1) Uma negociação substantiva, cooperativa e construtiva entre os Estados sobre elementos concretos e detalhados do tratado quanto ao seu conteúdo e escopo; (2) Uma abordagem participativa para assegurar diversas perspectivas da sociedade civil; (3) O estabelecimento de um roteiro para a conclusão das negociações dentro de um curto período de tempo. 
Reiteramos o nosso forte empenho no processo, instando todos os Estados a concentrarem-se na negociação do conteúdo do tratado nesta ocasião. Convocamos ao público que preste atenção a este processo crítico e mobilize-se ativamente para o apoiá-lo a nível nacional, regional e internacional. 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Reservas de Preservação Extrativistas já!


Representantes do MIQCB - Mov. Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu - participaram de Audiência com o Ministério do Meio Ambiente em Brasília, a 4 e 5 de julho.


O tema central em discussão foi a regularização final das três Reservas de Preservação Extrativistas de Extremo Norte, no Tocantins; Mata Grande; e Ciriaco, ambas no Maranhão, na região do Bico do Papagaio.
Há décadas, milhares de mulheres quebradeiras de Coco tiram seu sustento e o de suas famílias das palmeiras de Coco Babaçu, que nascem livres e abundantes no Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil. Elas quebram o coco, e dele utilizam a semente, a casca, a polpa: para fazer óleo, farinha, sabão, bijuterias e muito mais! Tudo sem danificar a terra e nem mesmo a palmeira.
Ao contrário, o cercamento das terras por parte de latifundiários, e sobretudo a ação violenta dos mesmos no sentido de intimidar e proibir as tradicionais quebradeiras de recolher um coco que apodreceria no chão, caso elas não o recolhessem, vem causando constantes conflitos, que poderiam ser parcialmente solucionados com a criação das três Reservas em questão.
A Mesa de Diálogo contou ainda com representantes do MDS,
ICMBio, Secretaria de Direitos Humanos  e do INCRA.
A pauta incluiu ainda a denúncia de conflitos da região causados por latifundiários, a empresa de celulose Suzano e a atuação errônea de gestores do Instituto Chico Mendes - que faz a gestão das reservas na região -, e que vêm atuando em parceria com a empresa, contrariando as políticas de preservação e desarticulando as mulheres nos territórios e comunidades, trazendo muitos conflitos  políticos e sociais, além de fragmentar as organizações de base.

Denunciamos ainda a situação de constante ameaça em que vivem as mulheres nos quilombos de Monte Alegre, São Luis Gonzaga, devido aos conflitos fundiários da região, nos quais o comportamento ultrajante do INCRA só dá força aos embates, tensão e ameaças...

O cadastramento ambiental também foi pauta: lembrando que o código florestal brasileiro nega o babaçu como floresta, fortalecendo a legitimação do avanço cruel das expansões agrícolas - MATOPIBA - e colaborando para o aumento dos conflitos no campo.
As quebradeiras, ao contrário, fortalecem posição em defesa das FLORESTAS de babaçu e de toda vida e diversidade que nela, e dela vive.

Embora o ICMBio tenha-se comprometido a realizar, ainda em 2017, um levantamento das famílias extrativistas que vivem nas áreas, uma vez que a forma como são tratados os e as extrativistas pelos "gestores" do ICMBio foi bastante questionada na mesa de diálogo - por serem parcerias feitas com a empresa sob a justificativa de cumprimento das " ações de responsabilidade  social" -, os resultados do encontro, no que tange às reservas, deixam a desejar, e nos impelem a seguir lutando. Uma vez mais, alegaram não ter recursos para pagar a compra das áreas que conformariam a reserva extrativista e esse parece ser motivo suficiente... para eles.
Mas para nós, vida é vida; e ela precisa prevalecer, é ela quem precisa perpetuar; não o lucro.

Seguimos unidas
e atentas









Por Rosalva Gomes.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Cidelândia se fazendo ouvir

O Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cidelândia, MA, se reuniu com o Secretário de Estado de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, para discutir as necessidades das e dos trabalhadores: "viemos até São Luís para trazer as demandas do município de Cidelândia, do Sindicato, e da Associação local", afirma Goreth Sousa de Oliveira, Presidenta do Sindicato e presente na reunião.




Parabéns a todas por conseguir abrir mais este canal de comunicação com o poder público.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Aconteceu esta semana a votação para a composição da nova diretoria do conselho da CMAS - Conselho Municipal de Assistência Social - de Boa Vista do Ramos, AM, biênio 2017-19.
















Verinha Ramos, participante de nosso Projeto, esteve presente

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Notícias do Pará

Diretamente dos municípios de São Domingos, Brejo Grande e São João, todos participantes do Projeto, notícias das atividades que as mulheres vêm promovendo:

Degustação dos produtos do babaçu  nos municípios de São Domingos. Brejo  grande. São  João
















Curso de culinária dos derivados do babaçu no regional Pará, organizado pelo MIQCB



quarta-feira, 21 de junho de 2017

Guajajaras de fibra

Mulheres indígenas do povo Guajajara, da terra indígena Rio Pindaré, na região norte do Maranhão, bloquearam durante todo o dia de ontem a BR 316, protestando contra as ameaças aos direitos e a ausência de políticas públicas de educação no Estado.


sexta-feira, 9 de junho de 2017

MIQCB atualizando seus conhecimentos


O mês de maio foi de renovação para o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. Em parceria com a União Europeia, organizou e ministrou oficinas de capacitação em comunicação popular destinada a jovens quebradeiras de coco babaçu no intuito de fortalecer o movimento através da utilização das ferramentas midiáticas.
Não ficaremos à mercê das informações fraudulentas e inescrupulosas dos veículos de comunicação de massa.

Elivania e Laercio, ambos da etnia Gamela, nos contam sobre o bárbaro ataque ocorrido no último dia 30 de abril e sobre as opressões seculares que tenta impedi-los de afirmar sua cultura... mas aqui estamos nós, unidas e unidos!

Vídeos produzidos durante as oficinas

OCUPA FUNAI MARANHÃO

As mulheres indígenas do Maranhão estão em luta pelo direito a consulta

 
 
Povos presentes: Gavião, Krikati, Guajajara, Krepum, Canela




quarta-feira, 7 de junho de 2017

Lideranças de defesa lamentam morte de professora queimada viva em Tefé

Ato simbólico reuniu diversas entidades no velório da vítima, Maria Lídia França de Lima. Suspeito está internado em hospital. Caso é o 15º feminicídio registrado no Amazonas somente em 2017.

Confira na íntegra a matéria que saiu no site da A Crítica

terça-feira, 23 de maio de 2017

Encontro de teias


PROGRAMAÇÃO 6º ENCONTRÃO DA TEIA DE POVOS E COMUNDIADES TRADICIONAIS DO MARANHÃO - 25 a 28 de maio de 2017

TERRITÓRIO ALTO BONITO / BREJO, MA 
TEMA: Não estamos extintos. Estamos de pé, em luta. Esta terra é nossa!

25/05/17
TARDE
. Chegada
. Credenciamento
. Noite: Ritual do Fogo; Convivência

26/05/17
MANHÃ
. Café

. Celebração
. O Território que nos acolhe:
. Quilombo Alto Bonito (Rubens, Carmem, Neves, Edson)
. O Baixo Parnaíba:
      - Soja
      - Eucalipto
      - Parque eólico
      - Parque dos lençóis 
      - Resistências e Insurgências

. Almoço

. Resistências e Insurgências
       1. Educação - Quilombo Nazaré;
       2. Soberania Alimentar - Com. Santo Antônio dos Maranhenses/MCP;
       3. Organização Social e Política – Povo Gamela 

. Fila do Povo

. Jantar

. Noite
  Partilha do Intercâmbio; Tambor de Mina.


27/05/17
MANHÃ
. Celebração: Cantoria pro Divino
. Recordação do dia anterior (resistências e insurgências)
. Levantes dos povos frente à negação e desconstrução de direitos (Osmarino Amâncio);
. Fila do Povo 
. Considerações

. Almoço

. Desafios e Perspectivas na construção do Bem Viver (Joelson – Terra Vista/Teia dos Povos - Bahia
. Encontro das Teias:
       -  Fortalecimento da articulação das teias.
       - Estratégias de enfrentamentos;

. Jantar: 

. Confraternização
. Cantoria - Tambores, Maracás.

28/05/17
. Cantoria e Tambor
. Partilha das Teias
. Fila do Povo
. Encaminhamentos
. Celebração de Envio (trocas de mudas e sementes).


Para a Celebração de abertura: 
- Cada caravana trazer das comunidades: ervas aromáticas, incensos, potes pequenos, cabaças e balde de cuias.
- A caminhada sairá da casa de Rubens – Brejo – morro
- Brejo/açude - Lugar preparado para colocar os potes e alguidar 
- Cruz nos morros
- Preparar um fogueira para acender a noite – essa fogueira ficar permanente - Lucimar
- Preparar o altar na casa embaixo de uma árvore.



Vamos lá meu povo, tá chegando a hora...

Nota da AMB



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Seminário Diálogos Difíceis, Diálogos Possíveis

Seminário organizado pelo I. Eqüit disponível na internet

A proposta deste seminário surgiu, no contexto do Projeto, da necessidade que sentimos de atualizar os debates feministas no Brasil, em particular nos temas econômicos e ambientais. Consideramos que o feminismo tem muito a contribuir na nova etapa política aberta no Brasil com o golpe, que vem mostrando novas formas de ativismo, e mais especialmente, novas maneiras de pensar o mundo. Queremos integrar entre outros temas, o da percepção ecofeminista, que busca contribuir numa perspectiva de superação da dicotomia Natureza/Cultura, e de reconciliação das mulheres com a Natureza. Acreditamos que este olhar pode nos auxiliar a pensar o desenvolvimento com equidade e sustentabilidade ao mesmo tempo, integrando conceitualmente ambos os elementos.  
Por sua vez, os temas da Economia Feminista e da Economia dos Cuidados e a sustentabilidade da vida serão outro motivo de reflexão do seminário. Acreditamos que é essencial pensar na integração dos aspectos econômicos que permeiam toda nossa crítica ao modelo neoliberal, e mais concretamente ao modelo extrativista que está impondo enormes impactos na Amazônia para, ao contrário, podermos colocar como questão central a sustentabilidade da vida. 
A discussão da lógica que o capital de acumulação por espoliação e de financeirização da natureza através da privatização dos bens comuns segue, foram mais um elemento da analise.

Assista cada mesa e convidada:

MESA 1

 

MESA 3















MESA 5:














MESA 6:
 

 



MESA 7:
 

 


MESA 8:
 

 

 

  

sábado, 20 de maio de 2017

Quem se comunica... quebra coco!

Quebradeiras ensinam aos jovens sobre a importância da comunicação para os movimentos sociais 


O projeto Mulheres Quebradeiras de Coco em Defesa do Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais organizou uma oficina de comunicação com jovens de Imperatriz, Tocantins e Pará. 
Cerca de 50 jovens, filhos e filhas de quebradeiras de coco receberam a capacitação entre os dias 20 e 21 de maio em São Domingos do Araguaia, PA. 

O MIQCB conta com o apoio da União Europeia e demais parceiros.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

“Não estamos extintos. Estamos de pé, em luta: esta terra é nossa!”

TEIA DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS DO MARANHÃO CONVIDA

 
A Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão 
é uma articulação entre indígenas, quilombolas, pescadores 
artesanais, ribeirinhos, quebradeiras de coco, sertanejos e 
gerazeiros em busca do Bem Viver para todos.

 
CONVITE

O tempo da gestação 
A aliança entre os Povos e Comunidades Tradicionais tem raízes profundas. Somos filhos e filhas da terra.  Ao longo dos séculos resistimos ao escondimento imposto pelo invasor, guardamos em nossas cabaças sementes de esperança e, de mãos dadas, insurgimos na construção do Bem Viver.

Em 2013, em Mangabeira, Santa Helena, compreendemos que uma vara sozinha se quebra fácil, mas se juntar um feixe, ninguém pode romper
Em 2014, no Taim, São Luis, ao redor do poço da memória, fizemos a descolonização do saber, do ser e do sentir, e assumimos o Bem Viver como horizonte possível. 
Em 2015, no Território do Povo Gamela, em Viana, MA, na simbologia da Mandala, compreendemos que cada um de nós é um ponto que se liga a tudo que vive!: afirmamos o sonho do Território Livre. 
Ainda em 2015, no Território Quilombola Santa Maria dos Moreira, Bom Jesus, município de Codó, MA, nos encontramos para reafirmar, a partir das experiências de nossas vivências, a urgência em aprofundar a autonomia do nosso próprio processo de organização, gestão e produção. 
Em 2016, entre os rios Balsas e Parnaíba, no território da comunidade sertaneja de Forquilha, Benedito Leite - MA, denunciamos as ameaças e agressões aos nossos territórios de vida, causadas pelo modelo de desenvolvimento baseado nos projetos do capital... nossas vidas não cabem em seus mapas.  
No mesmo ano, fomos acolhidos e acolhidas pela comunidade de quebradeiras de coco babaçu do Centro dos Pretinhos, Dom Pedro – MA. Sentimos a força e resistência de mulheres guerreiras para se religarem a seu território, atualmente cercado por latifundiários. Também nos alegramos em saber que em outros lugares do mundo, povos e comunidades se insurgem pelo direito a sua autodeterminação. 

Agora estamos a caminho da comunidade quilombola Alto Bonito, Brejo – MA, região do Baixo Parnaíba. Terra de resistências e insurgências dos povos e comunidades tradicionais contra o agronegócio da soja, cana-de-açúcar, eucalipto; contra os projetos de geração de energia à custa da destruição de modos de vida; contra projetos governamentais. Nesse Encontrão reafirmaremos aos que nos querem inviabilizar que existimos, estamos de pé e em luta. Esta terra é nossa!  

Venha participar conosco deste VI Encontrão, traga muita alegria, seu maracá, tambor, saia de coureira, bandeiras, rede, corda, prato, colher, copo, cuia, cabaça e a contribuição de sua comunidade para a alimentação.

Articuladoras e articuladores da Teia

terça-feira, 2 de maio de 2017

 

Nota da AMB em apoio ao povo gamela: mexeu com um, mexeu com todas!

Nós, mulheres feministas da Articulação de Mulheres Brasileiras, uma  organização antipatriarcal, anticapitalista e antirracista, manifestamos toda solidariedade à luta do povo Gamela, ao mesmo tempo em que repudiamos a brutalidade do ataque de 30 de abril perpetrado por pistoleiros, a serviço do latifúndio grileiro, que  covardemente atacaram os indígenas sem que estes pudessem confrontar seus algozes ou deles defender-se. Igualmente, denunciamos a omissão do Estado brasileiro que não respondeu às denúncias de risco de massacre previamente apresentadas pelo povo Gamela.
Desde a ocupação e colonização do Brasil, os povos originários são alvo dos algozes da Coroa, e depois, da nossa própria República. Violados e usurpados: pelo Estado, pela religião, pelo latifúndio, por grileiros, pelo agronegócio, grandes empresas... 
Denunciamos o racismo e o capitalismo, pois ambos têm-se alimentado do sangue, da vida dos povos originários, destruindo seus modos de vida, se apropriando das riquezas naturais dos territórios indígenas, queimando indígenas em praça pública, matando crianças, reprimindo violentamente as manifestações pacificadas dos povos!
O povo Gamela tem encampado a luta pela retomada de seu território na região da Baixada Maranhense, território expropriado pelos colonizadores e grilado pelo latifúndio  - apoiados por grupos políticos e setores conservadores da igreja evangélica. Essa ação criminosa deu-se em represália a esse ato legitimo do povo Gamela de retomar parte de seu território, região utilizada pelas famílias para se alimentar, onde os açaizais estão agora com cerca elétrica.
O ataque dos pistoleiros deixou três indígenas gravemente feridos, com tiros na cabeça e peito e cortes pelo corpo, pulsos cortados na evidente intenção de decepar mãos e pés e de matá-los, além de vários espancados (as), mulheres, crianças, anciões. 
 
Solidarizamos na dor do povo Gamela
Toda repulsa ao genocídio indígena!
Somos todas povo Gamela
Justiça já!
#Nãomexamcompovosindigenaselesnãoandamsó.

domingo, 30 de abril de 2017

GREVE GERAL

Mulheres não fogem à luta!

Espalhadas pelo Brasil inteiro, as mulheres compareceram em peso

à maior greve geral da história do país


Milhões de trabalhadoras e trabalhadores atenderam ao chamado das centrais sindicais em todo o Brasil e não compareceram ao trabalho, deixando as ruas, empresas e lojas desertas na histórica greve do dia 28 de abril. Ao mesmo tempo, dirigentes de centrais sindicais, sindicatos, confederações, federações, representações variadas e milhares de trabalhadores saíram às ruas nesta sexta-feira (28) para protestar contra as reformas trabalhista (PL 6787/16) e previdenciária (PEC 287/2016) propostas pelo governo e já em tramitação no Congresso Nacional.  Na avalição da CSB - Central de Sindicatos Brasileiros -, a greve contou com a participação,  de 35 milhões de pessoas", diz nota da Central dos Sindicatos Brasileiros






Veja as imagens nos municípios de nossas colaboradoras



 

 


  

segunda-feira, 17 de abril de 2017

IV Encontro Regional


Encontro finaliza o Projeto deixando a vontade de mais...


O Encontro Final de capacitação e fechamento do trabalho foi realizado com  32 participantes de 14 municípios dos Estados de Amazonas, Pará e Maranhão, nos dias 31 de março, 1 e 2 de Abril de 2017. 
O Encontro foi realizado na Cidade do Rio de Janeiro, e contou com a participação das entidades parceiras italianas: Formaper e Lef. 
Por sua vez, o Encontro final foi dividido em três momentos: no primeiro bloco foram abordados os temas que permitiram aos grupos harmonizar o andamento de iniciativas produtivas diversas, incluindo as ferramentas operativas construídas, em especial os Planos de Negocio.  
O segundo momento foi destinado a complementar e consolidar os temas da Comunicação e das ferramentas de Internet, já explorados nos encontros anteriores e em sessões de Skype, a modo de consultoria.  
Finalmente, no terceiro momento foi feito o esforço de consolidação do funcionamento posterior dos grupos, após a finalização do Projeto, a partir dos debates realizados e da organização de mecanismos de continuidade, especialmente em termos da comunicação interna e do suporte aos Núcleos Municipais atuantes nos locais aonde o projeto chegou. 
A realização previa do Seminário: “Diálogos Difíceis, Diálogos possíveis: Questões contemporâneas dos Feminismos” deu o marco de aprofundamento dos temas do Eco-feminismo e da Economia dos Cuidados, base para uma nova perspectiva para o desenvolvimento com equidade e sustentabilidade.  
O Encontro foi, assim, o melhor corolário para um trabalho de aprofundamento desses debates e de articulação das mulheres organizadas da região –  sujeitos sociais capazes de avançar nas transformações necessárias nos territórios amazônicos.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Mulheres paraenses de muita fibra!


O começo da jornada... e o caminho difícil, mas que não as assusta!


Estão vendo esse caminhão, essas mulheres? 
São todas agricultoras que há seis anos se juntam, levam tudo o que produzem na roça, e levam para vender, elas mesmas, na feira da cidade de Itaituba, no Pará.

Temos um caminhão, cedido pela SEDAP, que nos ajuda a enfrentar a lama do caminho que muitas vezes dificulta nossa chegada.
Dona Maria do Doce, participante deste Projeto, é quem nos relata diretamente do local: "a gente chora, ri... mas depois, tudo dá certo!"

Parabéns mais uma vez, mulheres; levando comida até a cidade!

quinta-feira, 6 de abril de 2017

lV Encontro - material da comunicação

Material elaborado para a Oficina de Comunicação realizada no IV Encontro do Projeto

Na oficina prática, as mulheres fizeram pequenos roteiros e vídeos, que serão porventura utilizados na elaboração do vídeo final do Projeto.




segunda-feira, 27 de março de 2017

Julgamento dos assassinos de Dora Priantes

Líder comunitária e ativista não será esquecida

No último 24, várias entidades de mulheres, movimentos, associações, pastorais, professores (as) e o Comitê Dora Vive estiveram presentes no município de Manacapuru, Região Metropolitana de Manaus, por ocasião do julgamento do caso de dona Dora Priante,  brutalmente assassinada no dia 12 de agosto de 2015 por conta de sua luta em defesa  do direito a moradia e terra. 
Na ocasião, a companheira Florismar Ferreira, do Fórum Permanente das Mulheres de Manaus 
(FPMM), e participante deste Projeto, foi entrevistada pelo SBT acerca do ocorrido:


Toda solidariedade ao amigo Gerson, que mesmo diante de tanta dor e aflição, não abandonou a luta dos professores, e mantém-se firme dando exemplo de força e coragem a todas e todos nós. 

A resistência das mulheres que lutam contra o feminicídio, contra a misoginia, contra toda forma de ameaça e agressão, será contínua. 
Basta de violência e de desrespeito à vida. 

A morte de Dona Dora Priante não será em vão. 


Fonte: ASPROM/SINDICAL

lV Encontro Regional - Programação

O quarto Encontro do Projeto Mulheres no Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica, que reunirá representantes dos 16 municípios participantes, será realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 31 de março a 2 de abril.
A seguir, a Programação do Encontro

Confira!


domingo, 26 de março de 2017

Altamira exige: garantia da saúde pública

Enquanto prefeitura tem a intenção de fechar um dos mais antigos hospitais de Altamira, as mulheres queremos a ampliação e reforma do mesmo

Finalizando audiência pública requerida pelo coletivo de mulheres do Xingu e demais organizações de mulheres de Altamira em que exigimos a reforma e ampliação do Hospital São Rafael, para que este se torne um Hospital materno-Infantil referência para a região do Xingu. 








 As reivindicações, ainda incluem o fim da violência contra a mulher, e o imediato funcionamento 24h da delegacia da mulher de Altamira.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Planos de negócio

Apresentamos os planos elaborados pelas participantes com o intuito de colaborar, seja para a criação de novos projetos socioprodutivos, seja para a melhoria de projetos já existentes.

segunda-feira, 13 de março de 2017

8 de Março parou o Brasil

Resistência feminista contra o golpe, a Reforma da Previdência, o machismo e o feminicídio


O último Dia Internacional da Mulher foi marcado pela Greve das mulheres de todo o mundo.
Em dezenas de países, milhares de mulheres se reuniram para protestar contra o machismo e toda forma de violência e imposição do patriarcado e do capital.
No Brasil, mulheres fecharam ruas, avenidas e BRs para exigir que nenhum direito conquistado seja perdido.
As mulheres não aceitamos os retrocesso arrocho  que pretende impor este governo golpista, e nesse sentido, no país as lutas também foram contra as PECs, sobretudo contra o congelamento do Orcamento público por 20 anos, contra a Reforma da Previdência, que obrigará as mulheres a trabalharem remuneradamente o mesmo tempo que os homens, além de realizaro trabalho do cuidado que também nos cabe.
Como não podia ser diferente, as mulheres do Projeto Mulheres na Amazônia ocuparam suas localidades e pararam.
Confira!

ALTAMIRA, PA

Na cidade de Altamira, as mulheres aproveitaram a data para enviar uma Carta das Mulheres, denunciando as diversas formas de violência sofridas pelas mulheres na região, sobretudo depois da chegada dos megaempreendimentos Belo Monte e Belo Sun.





MANAUS, AM 

Em Manaus, as mulheres bloquearam a via de acesso ao Distrito



    Depois, seguiram em caminhada até o centro da cidade









CIDELÂNDIA, MA


 
Em Cidelândia também houve barricada, fechando a BR-010



CODÓ, MA