A palmeira de babaçu existente nos estados do Maranhão, Pará e Amazonas é fonte de renda de centenas de famílias extrativistas que dela retiram o azeite, o leite, óleo, mesocarpo e usam suas palhas e coco para o artesanato, cobrir casas e outros fins.
Há vários anos as florestas de babaçu vêm sendo frequentemente desmatadas por fazendeiros, latifundiários e grande empresas de monocultura para dar lugar a pastos e plantações de eucalipto e soja.
Os movimentos sociais, com o objetivo de combater essas agressões realizam ações como atos públicos, denúncias ao Ministério Público Estadual e Federal, anúncios em rádios e tv, e mantêm articulação nas bases para o repasse de informações, fornecendo fotos, localização das áreas afetadas, nomes de agressores etc.
A Lei Babaçu Livre, que proíbe qualquer tipo de agressão à palmeira e é válida em vários municípios do Maranhão, Tocantins, Piauí, é uma conquista dos movimentos sociais que lutam em prol da preservação da palmeira e consequentemente do modo de vida de muitas famílias que tiram seu sustento ou complementam sua renda familiar com a extração do coco e suas inúmeras possibilidades de produção. Dados do MIQCB apontam que aproximadamente quatrocentas mil mulheres são beneficiadas com a extração do babaçu nos seus quatro estados de atuação (MA, PA, PI, TO).
É fundamental, portanto, que as autoridades olhem com mais cuidado para esta questão e aprovem urgentemente a Lei a nível nacional.
Este artigo foi produzido pelas mulheres participantes do Projeto dentro da oficina de comunicação realizada em nosso Primeiro Encontro Regional em Belém, Pará.
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